quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Seguindo a trilha de Blow-up...


Antonio Guerreiro (1947)    Biografias-10
Antonio Guerreiro de Brito (Madri, Espanha 1947). Fotógrafo. É durante as décadas de 60 e 70 o protótipo do fotógrafo de moda no estilo definido pelo filme Blow Up, de Michelangelo Antonionni, colaborando com as principais revistas e agências de publicidade do país, fotografando e se casando com algumas das mulheres mais belas da época, como as atrizes Sônia Braga e Sandra Bréa. Consagra-se como retratista de personagens do mundo da arte, da cultura e da alta sociedade, e publica os livros: Sônia Braga Especial (1982), e BH 100 Portraits (1997). Recebe dois prêmios da Editora Abril, de melhor foto em cores do ano de 1981 e da melhor produção fotográfica de 1983; e é homenageado com uma retrospectiva de sua obra pelo Museu Nacional de Arte, no Rio de Janeiro, em 1996.

Antonio Guerreiro, Pequena Biografia
Antonio Guerreiro nasceu em Madrid, na Espanha. Filho de pais imigrantes portugueses, veio para o Brasil ainda criança. Saiu de Juiz de Fora, Minas Gerais, mudando-se para o Rio de Janeiro, ainda adolescente. Foi na cidade maravilhosa que começou a sua brilhante carreira. No início, depois de um estágio no “Jornal do Brasil“, como colunista, foi convidado pelo fotógrafo David Zingg para trabalhar na revista Setenta, iniciando-se como profissional, em 1967.
Em 1972 foi trabalhar como fotógrafo de moda da Editora Bloch, em Paris. Quando voltou ao país, tornou-se um dos maiores fotógrafos da década de setenta no Brasil. Fotografou com arte e beleza, as celebridades do país, principalmente as mulheres. Virou o fotógrafo preferido das mulheres, que diziam, sob a lente de Antonio Guerreiro, jamais ficavam feias. Trabalhou para a revista Homem, futura Playboy, e para a Status. Nos ensaios para estas revistas, as mais desejadas mulheres foram desnudadas por sua câmera.
Foi das lentes de Antonio Guerreiro que surgiram mais de 50 capas de discos de cantores brasileiros, entre eles, Gal Costa, Simone, Maysa, Alcione, Beth Carvalho, Gonzaguinha, Baby Consuelo, Elba Ramalho, Joanna, Marina, Jorge Benjor, Nelson Gonçalves.
Tido como um bon vivant, Antonio Guerreiro ficou famoso também, pelos romances que viveu com as mais belas mulheres do Brasil, como Sonia Braga, Sandra Bréa, Silvia Bandeira, Denise Dumond, entre tantas. Todas elas passaram por sua objetiva. Sobre as mulheres e a relação com elas e com a sua câmera, ele diz:
“Eu amei muitas das mulheres que fotografei, mas muitas também não foram amadas. E Isso não impediu que elas fossem bem fotografadas”.

Capas de Discos e Cartazes de Cinema de Antonio Guerreiro
As belezas agrestes, brasileiras, de Sonia Braga e Gal Costa, trespassam as luzes da objetiva. Vistas aos olhos de Antonio Guerreiro, o corpo toma formas mais sedutoras, a nudez é um todo da alma. Os cabelos longos das duas caem como um véu sobre a luz, que contrasta com a pele. As belezas da cantora e da atriz não sofrem as alterações dos Photoshops de hoje, contam com a maquiagem, a luz e o carisma das modelos.
A nudez estonteante de Sonia Braga mostra-nos a beleza fogosa dos seus seios, que derrubam qualquer ilusão de que a mulher nasceu para ter silicone no peito.
Também os seios e as pernas de Gal Costa nos faz caminhar por caminhos agrestes, de uma beleza selvagem, abrandada na sua voz doce de sereia.
O olhar de cada uma das modelos é um convite aos mistérios que as envolvem. Antonio Guerreiro manipula esses doces mistérios das musas, através das lentes de ludismo etéreo, ele extrai a beleza na sua forma mais perfeita, dando a certeza de que a mulher é infinita quando reveladas à luz das suas imagens.
Antonio Guerreiro fez além dos ensaios fotográficos, registros de várias capas míticas dos álbuns de Gal Costa, entre elas, a polêmica capa de “Índia”, de 1973, que trazia a cantora de seios nus, vestida de índia na contra-capa, e em close frontal vestida apenas de uma minúscula tanga. É de Antonio Guerreiro a famosa fotografia da cantora com rosas nos cabelos, do álbum “Gal Tropical”, de 1979, outra capa marcante da carreira da artista. A sofisticação de Gal Costa no auge dos seus 35 anos, é registrada com elegância pelo fotógrafo em “Aquarela do Brasil”, de 1980. Também são de Guerreiro as fotografias das capas dos álbuns: “Fantasia”, de 1981 e “Minha Voz”, de 1982.
A musa Sonia Braga foi fotografada por Antonio Guerreiro para a famosa revista masculina Status, para o calendário da Pirelli. Também foi ele quem fez os famosos cartazes dos filmes “A Dama do Lotação”, de 1978, de Neville de Almeida, e “Eu Te Amo”, de 1981, de Arnaldo Jabor, ambos estrelados pela atriz.


Blog: http://antonioguerreiro1.blogspot.com/


     























                   
















































Nenhum comentário:

Postar um comentário