Antonio Guerreiro
(1947) Biografias-10
Antonio Guerreiro de Brito (Madri, Espanha 1947). Fotógrafo.
É durante as décadas de 60 e 70 o protótipo do fotógrafo de moda no
estilo definido pelo filme Blow Up, de
Michelangelo Antonionni, colaborando com as principais revistas e agências
de publicidade do país, fotografando e se casando com algumas das mulheres mais
belas da época, como as atrizes Sônia Braga e Sandra Bréa. Consagra-se como
retratista de personagens do mundo da arte, da cultura e da alta sociedade, e
publica os livros: Sônia Braga Especial (1982), e BH 100 Portraits (1997).
Recebe dois prêmios da Editora Abril, de melhor foto em cores do ano de 1981 e
da melhor produção fotográfica de 1983; e é homenageado com uma retrospectiva
de sua obra pelo Museu Nacional de Arte, no Rio de Janeiro, em 1996.
Antonio Guerreiro,
Pequena Biografia
Antonio Guerreiro nasceu em Madrid, na Espanha. Filho de
pais imigrantes portugueses, veio para o Brasil ainda criança. Saiu de Juiz de
Fora, Minas Gerais, mudando-se para o Rio de Janeiro, ainda adolescente. Foi na
cidade maravilhosa que começou a sua brilhante carreira. No início, depois de
um estágio no “Jornal do Brasil“, como colunista, foi convidado pelo fotógrafo
David Zingg para trabalhar na revista Setenta, iniciando-se como profissional,
em 1967.
Em 1972 foi trabalhar como fotógrafo de moda da Editora
Bloch, em Paris. Quando voltou ao país, tornou-se um dos maiores fotógrafos da
década de setenta no Brasil. Fotografou com arte e beleza, as celebridades do
país, principalmente as mulheres. Virou o fotógrafo preferido das mulheres, que
diziam, sob a lente de Antonio Guerreiro, jamais ficavam feias. Trabalhou para
a revista Homem, futura Playboy, e para a Status. Nos ensaios para estas revistas,
as mais desejadas mulheres foram desnudadas por sua câmera.
Foi das lentes de Antonio Guerreiro que surgiram mais de 50
capas de discos de cantores brasileiros, entre eles, Gal Costa, Simone, Maysa,
Alcione, Beth Carvalho, Gonzaguinha, Baby Consuelo, Elba Ramalho, Joanna,
Marina, Jorge Benjor, Nelson Gonçalves.
Tido como um bon vivant, Antonio Guerreiro ficou famoso
também, pelos romances que viveu com as mais belas mulheres do Brasil, como
Sonia Braga, Sandra Bréa, Silvia Bandeira, Denise Dumond, entre tantas. Todas
elas passaram por sua objetiva. Sobre as mulheres e a relação com elas e com a
sua câmera, ele diz:
“Eu amei muitas das mulheres que fotografei, mas muitas
também não foram amadas. E Isso não impediu que elas fossem bem fotografadas”.
Capas de Discos e
Cartazes de Cinema de Antonio Guerreiro
As belezas agrestes, brasileiras, de Sonia Braga e Gal
Costa, trespassam as luzes da objetiva. Vistas aos olhos de Antonio Guerreiro,
o corpo toma formas mais sedutoras, a nudez é um todo da alma. Os cabelos
longos das duas caem como um véu sobre a luz, que contrasta com a pele. As
belezas da cantora e da atriz não sofrem as alterações dos Photoshops de hoje,
contam com a maquiagem, a luz e o carisma das modelos.
A nudez estonteante de Sonia Braga mostra-nos a beleza
fogosa dos seus seios, que derrubam qualquer ilusão de que a mulher nasceu para
ter silicone no peito.
Também os seios e as pernas de Gal Costa nos faz caminhar
por caminhos agrestes, de uma beleza selvagem, abrandada na sua voz doce de
sereia.
O olhar de cada uma das modelos é um convite aos mistérios
que as envolvem. Antonio Guerreiro manipula esses doces mistérios das musas,
através das lentes de ludismo etéreo, ele extrai a beleza na sua forma mais
perfeita, dando a certeza de que a mulher é infinita quando reveladas à luz das
suas imagens.
Antonio Guerreiro fez além dos ensaios fotográficos,
registros de várias capas míticas dos álbuns de Gal Costa, entre elas, a
polêmica capa de “Índia”, de 1973, que trazia a cantora de seios nus, vestida de
índia na contra-capa, e em close frontal vestida apenas de uma minúscula tanga.
É de Antonio Guerreiro a famosa fotografia da cantora com rosas nos cabelos, do
álbum “Gal Tropical”, de 1979, outra capa marcante da carreira da artista. A
sofisticação de Gal Costa no auge dos seus 35 anos, é registrada com elegância
pelo fotógrafo em “Aquarela do Brasil”, de 1980. Também são de Guerreiro as
fotografias das capas dos álbuns: “Fantasia”, de 1981 e “Minha Voz”, de 1982.
A musa Sonia Braga foi fotografada por Antonio Guerreiro
para a famosa revista masculina Status, para o calendário da Pirelli. Também
foi ele quem fez os famosos cartazes dos filmes “A Dama do Lotação”, de 1978,
de Neville de Almeida, e “Eu Te Amo”, de 1981, de Arnaldo Jabor, ambos
estrelados pela atriz.
Blog:
http://antonioguerreiro1.blogspot.com/
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